Manifestação de Uma Opinião

Qualquer opinião hoje é expressada num blog...e em qualquer blog é expressada uma opinião. Hoje em dia o mundo move-se rodeado de blogs e estes são um prelongamento das noticias diárias, comentando-as, da mesma forma que as impulsionam, fundamentando-as. Manifestação de Uma Opinião justifica a sua existência exactamente pelo seu nome...façam uso dele e expressem a vossa...

2007-04-19

A mim!

Ao Botãozinho
Ao Nicho
Ao Colégio Militar
Ao liceu de Oeiras
À Faculdade de Direito de Lisboa...

Ao curso de 94
À turma B
Ao people do Liceu
Ao Central Side Crew
Ao Gang do Eléctrico
Aos Mosqueteiros da Bebida
Às Fêmeas da Sub13

Às ex-namoradas
Às ex-curtes
Às ex-brincadeiras
À Namorada

À Familia
Aos Amigos
Aos conhecidos
Aos estranhos

Ao Rotary Club
À Alemanha
À Escócia
À Dinamarca

À limpeza de jardins
À Telepizza
À Oriflame
Ao Citibank

À musica

A mim. Hoje faço 23 anos...levanto o copo a tudo o que me fez.
Hala!!

2007-04-11

Tanta Estrelinha


Há vários anos que não vinha passar uns dias ao Alentejo. Simpática Vila de Montemor-o-Novo. Parece cliché, mas a casa da avó é mesmo um refúgio!

Finalmente tirei uns dias de férias (ou melhor, obrigaram-me...felizmente) e vim até aqui. Fico por casa da minha avó e vivo à grande. Faço pouco mais que a ajuda necessária e relaxo aquilo que não relaxo há vários anos. Deito-me tardíssimo, levanto-me a horas pouco católicas...sabe bem cometer uns excessos de quando em quando. Por falar em excessos...julgo que a minha avó poderia lançar um livro de receitas! Esta senhora cozinha excelentemente bem e eu aproveito para repôr uns quilinhos que deveria ter e não tenho. Sabe bem estar aqui. Há calma, há sossego...ficava aqui durante mais tempo, se pudesse!

Venho cá desde miudo, têm esta propriedade há cerca de 15 anos, o que fará com que eu venha cá desde os, mais ou menos, 8 anos! Oh tempo...longas corridas dava eu! Passeava com os gatos, via as vacas, os carneiros, os patos, as galinhas...fui atacado por um perú e perseguido por um pavão! Hoje isso não acontece mas tenho saudades!

Mas do que eu tenho mais saudades, e nem sabia, é das estrelas! Já nem me lembrava que havia mais do que meia dúzia de pontinhos no céu...esqueci-me que era um verdadeiro mapa. Ontem (ou hoje!) eram 0430 e eu estava no jardim a fumar o meu cigarro e o silêncio era avassalador, mas num bom sentido. Apenas era interrompido, ao fundo, por um grilo ou dois...mais ao fundo uma vaca ou um badalo, um carneiro a balir e um pavão a chamar pela "Milúúúú". E essa é uma das minhas duvidas existênciais, será o pavão um eterno frustado sempre a chamar pela Milú e ela não vem? - Enfim...aqui até tenho tempo para divagar sobre o grito do pavão. Sorrio

Aí decidi-me a ficar por aqui...não fosse o trabalho, não fosse a faculdade...

2007-04-04

É bom ou é mau?

Há dias atrás, o meu irmão enviou-me um pequeno conto, de dezassete páginas, que ele tinha vindo a escrever desde há algum tempo. Pediu-me que o lesse e que lhe desse a minha opinião acerca do mesmo. Foi o que tentei fazer.

Aconteceu-me descobrir que essa não era uma tarefa fácil...

De entre muitas questões sobre que fui obrigado a reflectir, uma delas revelou-se tão pertinente quanto aporética: Como dar uma resposta honesta?

A verdade é que não havia uma maneira simples de dar o "feedback" que ele pretendia.
Seria honesto dizer simplesmente "gostei"? Afinal, teria alguma obrigação em lhe dizer as razões. E quais eram essas razões? O que nos leva, a cada um de nós enquanto indivíduos, a criar um gosto por uma coisa e outro por outra? Em determinadas dimensões da vida, como a culinária, esta resposta é fácil de dar: somos educados a gostar de umas coisas e a desgostar de outras. Mas, e quando toca a tarefas como ouvir uma canção, ler um poema, falar sobre um conto... Aí o caso já ganha outros contornos.

Pensei muito nisto, convido-te a pensares também.

Na verdade, este foi o primeiro verdadeiro conto que o meu irmão escreveu. Só é normal que tivesse falhas, algumas grandes até. Sugiro a quem não percebe por que é normal haver falhas, que tente escrever uma simples história. Verá como não é algo fácil de fazer. A tarefa envolve tantas dimensões que uma opinião acerca de uma história contada tem que abrangê-las a todas. E é isso que torna difícil dar uma.
Eu gostei muito do conto porque representa um esforço sério e adulto orientado para a criação de algo. Gostei porque foi escrito por alguém de quem gosto. Gostei porque continha ideias interessantes e correctas. Mas isto não chega para uma resposta honesta. Então e os erros que vi? As lacunas que o texto apresentava? As incoerências na exposição das ideias? A confusão no estilo e na narração? Tudo isto são pontos que tenho considerar ao dar a minha opinião. Uma possível saída seria balancear o bom e o mau e dar a minha resposta consoante o lado para que pendesse a balança. Mas esta seria uma saída ainda assim desonesta. Porquê?

Porque quando eu me refiro áquilo de que gostei no conto, consigo perceber a razão por que gostei: O autor expôs as suas ideias de tal forma que dá prazer lê-las no seu texto. Quando me refiro ao que não gostei, não há uma resposta linear. O que me leva a dizer que não gostei desta ideia, ou daquela forma de exposição, ou daquele elemento na história? Há uma razão para tudo ter sido escrito tal como foi. A culpa de eu não gostar é minha? Enquanto leitor inexperiente, menos inteligente, imaturo, se calhar não "alcancei" devidamente o que me estava a ser transmitido. Por outro lado, não é obrigação do autor ser capaz de fazer chegar as suas ideias à cabeça do leitor? Aí, a culpa já é de quem escreve...
Neste "jogo de culpas" estava a ser construída a opinião que lhe havia de transmitir. Para cada um dos elementos com que discordei debati dentro de mim as razões e as causas da minha discordância. Não acho que tenha, apesar de tudo, sido honesto. Procurei, no entanto, ser o mais que pude, o que, por si só, já é uma resposta honesta.

Nota final: Entre os grandes génios da humanidade só chegam aqueles que fizeram mudar toda a opinião acerca de um determinado assunto, aos olhos do conceito abstracto de "humanidade". A "humanidade" considerou-os grandes porque eles tiveram algo a ensinar-lhe. Um novo ponto de vista, uma nova ideia, uma nova visão. À questão "é bom ou é mau?", esses génios provaram que a "humanidade" estava errada e eles certos.
 
http://www.youtube.com/watch?v=EbJtYqBYCV8
D12 - Girls

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