Cu virado para a lua

Filme de Woody Allen
Com os actores Brian Cox, Scarlet Johansson e Mattthew Goode

Devo confessar o meu cepticismo aquando a requisição deste video no VOD. Nunca tinha ouvido falar do filme e aquela pequena descrição de apresentação estava pobre e não deixava adivinhar o que realmente prometia. Estava, pois, redondamente enganado! O filme é brutal, a fotografia linda, o enredo nada previsível e a actuação fantástica! Recomendo vivamente.
A peça trata da questão da importância da sorte na nossa vida... A personagem Chris Wilton (Brian Cox) refere algo como "O trabalho árduo é condição essêncial para o sucesso, mas a sorte ou falta dela é que é verdadeiramente determinante" e é nessa frase que se concentra o cerne da obra.

O que é para mim a sorte? Talvez possa definir a tipologia "sorte" como um conjunto de situações distintas mas coincidentes que criam um quadro que oferece um panorama favorável ou desfavorável. Se acho que essas situações são determinantes? Sim, ou não fosse aluno assíduo nas orais da FDL. Não há maior e melhor analogia e/ou metáfora ao parafraseado por Chris Wilton do que as orais naquela faculdade. Mas, fora do ambiente académico, reparo que há uma série situações incontroláveis pela figura humana que influenciam a nossa existência! Não projecto a minha vida nessa série de condições aleatórias que me podem favorecer ou não e não ando, por certo, ao sabor do vento e da maré, mas facto é que muitas vezes (de forma, talvez, pouco recomendada) deixo-me esperar para ver no que é que dá, ou então penso que "com uma bequinha de sorte talvez...".

O que é então a sorte? É a preparação de um terreno palpável de forma a harmonizar os nossos esforços numa posterior coincidência positiva, ou seja, lavrar o terreno, semear, regar e esperar pela sorte de um bom ano?Caso esse bom ano seja afinal mau podemo-nos consolar com "tive azar"? Ou a preparação conta pouco já que até podemos fazer isso tudo bem mas, por má sorte, há um incêndio que nos destrói o trabalho?E aí podemos pensar "porquê ter trabalho se pode correr tudo mal na mesma? Será que, de alguma forma, nos podemos precaver da sorte ou até "manuseá-la"? O que é então a sorte?

(verdadeiro) Motivo de Orgulho

Campeonato Europeu de Atletismo 2006
Gotemburgo - Suécia

100 metros Masculino
Francis Obiqwelu - Ouro

Salto em Comprimento Feminino
Naide Gomes - Prata (RN)

200 metros Masculino
Francis Obiqwelu - Ouro (RN)

3000 metros Obstáculos Feminino
Inês Monteiro - Meia Final (Lesionada)

Salto em Comprimento Masculino
Nélson Évora - 6º classificado

Maratona Feminino
Anália Rosa - 10º
Fátima Silva - Desistiu
Ana Dias - Desistiu

Triplo Salto em Comprimento Masculino
Nélson Évora - 4º Classificado (RN)

20km Marcha Masculino
João Viera - Bronze
20 km Marcha Feminino
Susana Feitor

50km Marcha Masculino
Jorge Costa - 19º classificado
António Pereira - 20º classificado
Pedro Martins - Lesionado

Taça da Europa de Maratona
Portugal - Prata
(Alberto Chaíça- 8º; Luis Jesus-10º; Hélder Ornelas-15º)

Devido à dificuldade por falta de informação disponibilizada não consegui colocar os nomes de todos os atletas que participaram neste campeonato. Se fosse futebol já havia 1001 páginas e 1001 horas de televisão com a informação toda.
Daí a minha questão...por que é que o Tuga liga tanto ao futebol e se enche de orgulho ao ver a Selecção Nacional mas depois não dá o minimo valor àqueles que REALMENTE ganham?

Já agora, será que algum dos atletas medalhados vai receber 1/10 daquilo que os jogadores da Selecção Nacional receberam? E, por conseguinte, será que vão estar isentos de tributação estatal? De acordo com uma cláusula qualquer atletas que realizem altos feitos pelo país estão isentos, ou seja, se se pôs essa hipótese aos 23 que ficaram em 4º no Mundial de Futebol (alguém sabe como é que isso ficou? Nunca mais soube de nada!) então os medalhados neste Campeonato de Atletismo deveriam estar isentos de tudo o que fosse imposto.

Parkour

"Mente sã, corpo são".

Esta é uma Lei da vida que todos conhecemos. Dizem os filósofos antigos que esta máxima garante uma vida feliz. O problema coloca-se: Como ter uma mente sã e manter o corpo são?

Independentemente da definição de sanidade, a saúde mental de qualqer um é com certeza melhorada através do estudo e do exercício do raciocínio e da memória. Em relação ao corpo, o desporto trata disso.

Recomendo o Parkour.

O Parkour é um desporto que desperta, em quem o pratica, um sensação de liberdade equivalente à sentida pelo escalador de montanhas ou pelo "sky diver"; um bem-estar físico semelhante ao do nadador; uma tranquilidade mental igual à que o praticante de artes marciais procura.

Não definirei em que consiste o Parkour. Para tal bastará uma rápida pesquisa pela net e 5 minutos de leitura. Deixarei a "dica" para quem quiser descobrir mais sobre isto.

Qual é a diferença entre subir um lanço de escadas ou transpô-las de um salto? Entre subir uns andares pelo elevador ou escalar pelas varandas até ao topo? Fisicamente, por que deverá custar menos dar a volta a um muro e abrir um portão para entrar numa qualquer propriedade do que saltar por cima de tal muro ou atravessar o portão através de um pequeno "vault"?

A isto, o Parkour responde que não é nenhuma a diferença, que não custa menos um que o outro. Tal como, ao andarmos na rua, o poderemos fazer pelo passeio ou pela berma da estrada, sem com isso perdermos tempo nem ganharmos esforço, também podê-lo-emos fazer traquilamente por cima da parede que está ao nosso lado, ou deslizando pelos corrimões que contornam a estrada. Surge a questão: Se é a mesma coisa, por que razão irmos pelo caminho mais complicado? A resposta, implícita em cima, diz que não há forma mais ou menos complicada de andarmos, nem caminho mais ou menos complicado por onde seguir. Está tudo no hábito que temos da forma como quotidianamente nos mexemos. Está tudo na nossa capacidade de ver caminhos para além daquele que se nos apresenta com mais evidência, mas que, ainda assim, é apenas mais um de entre todos os caminhos possíveis. A chave está no desenvolvimento dessa capacidade, bem como daquilo de que necessitamos física e mentalmente para que seguir por esses caminhos se torne algo corriqueiro e banal. Ao procurar desenvolver esta nossa capacidade, desafiar-nos-emos constantemente, quebraremos limites que antes achávamos impossíveis de alcançar, ganharemos força, técnica, agilidade, equilíbrio, tranquilidade e, acima de tudo, fluidez. Todo este processo fará com que cada um que pratique Parkour se sinta bem consigo e com o seu corpo. Talvez se alcance a sanidade a que se referiam os antigos.

Muito há que ser dito acerca do Parkour. Nada que o seja, porém, substituirá a experiência do "traceur" (praticante da modalidade).

Fica feito o convite.

Visões Alternativas

Uma BD é algo de fenomenal! Para mim é uma arte.

Qualquer pesseoa com um pouco de visão consegue aplaudir uma Banda Desenhada. Não é preciso gostar, mas há que reconhecer o seu valor. Não disgo isto só pelos fantásticos desenhos que pode comportar, refiro-me também às histórias e interacção ao mundo que rodeia o autor.

BDs como "Zit's" onde se espelha a vida de um miudo de 15 anos no liceu, miudas, a banda e a "velhice" dos pais; "Foxtrot" - a minha favorita - talvez a única onde a família inteira tem voz relevante assim como estímulos próprios na história; "Calvin & Hobbes" onde o autor põe 1 puto de 6 anos acompanhado por um tigre (imaginário ou não) e a sua perspectiva do mundo; "Dilbert" numa sátira ao mundo empresarial; "Mafalda" com uma visão mais filosófica em banda desenhada, "Garfield" no típico humor visual americano; ou ainda "Para O Que Der E Vier" onde uma mãe sofre para educar os filhos, são exemplos disso!

Tal como "Os Maias" a leitura de uma BD devia ser obrigatória nas escolas. Nunca alvo de um estudo minucioso, mas talvez uma pequena redacção fosse proveitosa. Porquê? Leiam um BD e tentem não ter curiosidade em ler outra.

P.S.: Atenção! Não venho com isto dizer que uma BD substitui um livro, mas que o seu poder é substimado isso é!