Manifestação de Uma Opinião

Qualquer opinião hoje é expressada num blog...e em qualquer blog é expressada uma opinião. Hoje em dia o mundo move-se rodeado de blogs e estes são um prelongamento das noticias diárias, comentando-as, da mesma forma que as impulsionam, fundamentando-as. Manifestação de Uma Opinião justifica a sua existência exactamente pelo seu nome...façam uso dele e expressem a vossa...

2007-08-12

7ª (sem) Arte

O cinema deixou de ser um local de lazer, para passar a ser um lugar incómodo. Pelo menos para mim começa a sê-lo.
Há já algum tempo que me venho queixando do rumo que todas as distribuidoras levam, principalmente a Lusomundo, mas acho que bateu no fundo... Por algum motivo as salas estão muitas vezes pela metade, quando não menos.

Começa-se pelo preço absurdo de €5.40/bilhete. Há as campanhas de cartão jovem, estudante, etc, mas essas campanhas abatem €1, vá €1.5 no preço e esses mesmas campanhas têm tantas excepções que muitas vezes paga-se é o preço normal. Se se quer comer uma pipocas e beber qualquer coisa junta-se mais €4, €5 ao preço inicial (já vai em €10), e se se reservou o bilhete por telefone são mais €0.25.

Paga-se isto tudo e depois as condiçôes são o ar condicionado preparado para arrefecer o Sahara. Eu nunca passei tanto frio numa sala quanto passei a semana passada. Até tolero bem o frio, mas estava por demais! Estavam 6 (ena tantas) pessoas na sala e aquilo devia tar ligado para aguentar "casa cheia". Sendo que a sala era no Colombo, imaginem o frio que estava.
Já outra vez que fui o "Shrek" no Cascaishopping a imagem tava de tal forma escura que quando as cenas tinham pouca luminosidade pouco ou nada se percebia do que se estava a passar, nem as legendas se viam bem. Dois amigos meus queixaram-se, também, que foram ver qualquer coisa e que o som estava altíssimo, uma coisa paranormal!
Isto tudo começa com 20minutos de anúncios. E desses 20 minutos mostram 30segundos de um filme a extrear, o resto é tudo publicidade a tudo e mais alguma coisa! O cinema já não mostra o que tem para apresentar ao cliente, mostra o que alguém tem...

Agora veio a "retoma" dos intervalos no cinema...é a pior coisa que podiam ter ido buscar. Com os anuncios cada vez mais longos e o intervalo acontece que um filme de 2horas se transforma numa ida ao cinema d 3horas! Isto porque também abandonaram-se as bilheteiras, compra-se tudo no sitio dos comes e bebes. Mas ainda no intervalo, quebra o filme, estraga o envolvimento que a pessoa tem na história. Claro que há sempre aqueles que não aguentam 2horas sem um cigarrinho o que faz com que a segunda parte do filme seja vista com um fedor a tabaco batido na sala.
O civismo e educação das pessoas tembém é óptimo. Há SEMPRE um telemóvel que toca, sempre! Entretanto está toda a gente a mandar mensagens escritas não sei para quem o que faz com que hjá 100 pirilampos na sala. Será que não se pode largar a porcaria do telemóvel nem num cinema? Sem falar nas turmas de "morangos" onde as meninas vão 10 vezes à casa-de-banho.

Outro pormenor engraçado sem ter piada nenhuma - Fui ver o Paranóia. O filme viu-se, tinha a sua piada apesar do cliché da história...isto se conseguíssemos não reparar no microfone de 15 cm que apareceu durante o filme todo no topo da imagem.

E depois estranham os downloads ilegais...

4 Manifestações:

  • At quarta-feira, 15 de agosto de 2007 às 15:09:00 WEST, Blogger BeHappy said…

    Não podia estar mais de acordo!

     
  • At sexta-feira, 31 de agosto de 2007 às 12:10:00 WEST, Anonymous Anónimo said…

    Concordo.
    Não digo que o problema seja a qualidade de certos filmes, mas sim o cinema, em si.
    Fui ver o novo filme do Harry Potter ao Shopping de Cascais, aguentando 20min. de publicidade antes do filme começar (deveria ter começado às 21h, começou às 21:20-5h., havia montes de luz na sala, pois esqueceram-se de fechar a porta, montes de frio por causa do ar condicionado, capaz de conservar um iceberg do tamanho da bélgica e ainda adolescentes sem um pingo de civismo a atirar pipocas durante o filme inteiro. Para melhorar tudo, um intervalo gigante, depois sem qualquer aviso de quando o filme iria começar, o que vez com que quase perdesse uma cena do filme.
    Gosto bastante de assistir aos filmes no cinema, mas vou pensar duas vezes antes de ir novamente ao CascaiShopping.

     
  • At quinta-feira, 6 de setembro de 2007 às 22:11:00 WEST, Blogger M. said…

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  • At quinta-feira, 6 de setembro de 2007 às 22:15:00 WEST, Blogger M. said…

    É de notar, realmente, o estado calamitoso que a experiência de ir ao cinema se tem vindo a tornar. Fui no outro dia às Palmeiras, em Carcavelos, e decidi nunca mais lá ir. Aquilo fazia os cinemas lusomundo do Oeiras Park parecer o cinema privado de um multi-bilionário russo, o que é muito difícil.

    O ar condicionado estava desligado, provavelmente avariado, ainda que, à vez, eu e um outro cliente, dos 6 que estávamos lá, nos tivéssemos levantado para suplicar que o ligassem e nos tivessem garantido que sim, que o haviam de fazer. Por isto, não passaram dez minutos até que, estando apenas 6 pessoas na sala, começasse a suar em bica. Estava de tal modo calor que não duvidei de que todos ali estivéssemos a suar.

    Para todo o funcionamento do cinema haviam duas pessoas inteiras. A mesma rapariguinha bexigosa que nos vendeu os bilhetes, nos quais teve que escrever à mão a hora, a sala e o filme, como se nos anos 80 ainda estivéssemos, foi a que se postou por detrás do bengaleiro, e a que dava início ao filme, durante o qual desaparecia para ir namoriscar para trás da porta. O corredor parecia assombrado, vazio, num silêncio mórbido e de iluminação lúgubre.
    A outra funcionária, aparentemente dona do antro, era uma incompetente. Era ela quem punha o filme a rodar. Aconteceu assistirmos três vezes ao início do filme, já que a máquina ia abaixo de cada vez que começava a exibir o filme e as legendas estavam deslocadas para cima. Ao intervalo, gira o disco (que é como quem diz a película) e toca o mesmo.
    Como se não bastasse, circula o rumor de que os bancos estejam impestados de pulgas. Se estão ou não, não confirmo nem desminto, mas que aparentam ser os mesmos que por vezes se encontram junto aos caixotes de lixo ou debaixo da ponte, disso não preciso de testemunhas.

    Valeu o filme... "As vidas dos outros". Alemão, sobre a vida de um escuta e um escutado durante os duros anos que antecederam a queda do muro de Berlim, na República Federal Alemã.

    Parece que aos bons filmes estão reservados os piores lugares.

     

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D12 - Girls

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