Manifestação de Uma Opinião

Qualquer opinião hoje é expressada num blog...e em qualquer blog é expressada uma opinião. Hoje em dia o mundo move-se rodeado de blogs e estes são um prelongamento das noticias diárias, comentando-as, da mesma forma que as impulsionam, fundamentando-as. Manifestação de Uma Opinião justifica a sua existência exactamente pelo seu nome...façam uso dele e expressem a vossa...

2006-07-27

A Excepção Animal

Remeto-me para o Mundo Animal e visualizo uma aranha a tecer uma teia, um jaguar num rastejar silencioso ou um falcão numa descida a pique...qual é o factor comum nestas três distintas acções? Todos se preparam para matar!

Todo o animal mata para comer ou para não ser comido e o Homem não é excepção. No entanto o Ser Humano também mata por prazer, por capricho! O Homem mata porque o seu "semelhante" é afinal diferente na maneira de agir/pensar! O Homem mata por uma razão egoísta, quer mostrar-se maior e melhor do que o que está ao seu lado...competividade extremista(?)...
Claro que ser um bicho racional e não instintivo lhe proporciona mais "justificações" para matar - seja a sua própria espécie, sejam outros animais, mas o ponto aqui situa-se na relação inter-homem.

É questão habitual nos exames de C.P.D.C. da FDL se "o século XX foi um século de defesa ou violação de Direitos". Opino que, apesar da criação de entidades e Institutos para a defesa e salvaguarda de Direitos, 2 Guerras Mundiais, Regime Nazi, Regime Fascista, Salazarismo, Franquismo, Estaline-Leninismo, Maoismo, Holocausto, Apartheid, Guerra do Golfo, Guerras Coloniais, Guerras Civis, Opressão da Indonésia sobre Timor, etc., etc., etc. não deixam que se faça um balanço positivo.

Por que guerreia o Homem?

6 Manifestações:

  • At quarta-feira, 2 de agosto de 2006 às 12:30:00 WEST, Blogger M. said…

    Cuidado com os erros...

     
  • At quarta-feira, 2 de agosto de 2006 às 13:10:00 WEST, Blogger M. said…

    Exercício de perspectiva:

    Coloquemo-nos do ponto de vista de uma raça alienígena (hipotética) e observemos o planeta Terra:
    Que estranhas criaturas e tão interessantes deambulam por ali! Olha como se divertem, a viajarem de uma lado para o outro, a falajarem, ou quietinhos e entretidos com as suas televisõesinhas e os seus livrinhos!
    OH! Reparem nas técnicas de sobrevivência que utilizam uns contra os outros, na forma como se relacionam entre eles. Já viste como os que detêm mais força subjugam os que detêm menos? Deve ser um mecanismo de reprodução da sua espécie, uma forma de garantirem que os melhores de entre os melhores assegurarão a continuidade (estes seriam aliens darwinistas). Mas como não se apercebem eles de que aquilo por que batalham é tão pouco significante? O que os impele a agirem na ignorância do que os rodeia, a olharem para si mesmos e evitarem o contacto com o exterior? Se eles soubessem...

    De facto, coitadinha da formiguinha que labuta dirariamente sem saber que todo o universo que conhece é nada mais que um vaso onde cresce uma boganvília. Que importa realmente? Que a formiga cumpra o seu objectivo e encha o formigueiro de provisões, ainda que o vaso venha a ser destruído antes de o Inverno chegar? Ou que a disposição do mesmo vaso se enquadre melhor junto à janela de uma qualquer sala do que na cozinha? Ou talvez importe apenas que daqui a uns milhões de anos nem formiga, nem vaso, nem sala existirão?

    Esta perda de importância das coisas consoante a perspectiva sob a qual as observamos chama-se relatividade. Esta relatividade é tão importante e necessária quanto a relevância das questões que nos colocamos diariamente. As respostas que poderemos dar serão válidas apenas para quem se encontre na mesma posição que nós. É por isso que não há soluções finais para a maioria dos assuntos, por isso que as pessoas discutem, por isso que expresso a minha opinião num blog. Sendo a natureza de cada uma das opiniões irrelevante, porque não absoluta e, como tal, não válida para todos, a necessidade da sua formulação deixa transparecer, no entanto, possíveis razões para a sua constante formulação e expressão.

    Por que guerreia o Homem?

    Uma possível resposta seria porque cada indivíduo se encontra na sua própria posição, analisa o mundo de uma forma subjectiva, e utiliza critérios diferentes na forma como age. Isto "cega-o" para o facto de haver a possibilidade, ou mesmo a certeza, de ele próprio estar errado. Como cada um de nós tende a lutar por aquilo em que acredita, alguns de nós lutarão entre si, outros lutarão contra si mesmos, e o Homem fará a guerra até ao fim dos seus tempos.

     
  • At quinta-feira, 3 de agosto de 2006 às 00:57:00 WEST, Anonymous Anónimo said…

    Grande análise.

    Temo no entanto ser infrutifero ensaiar uma resposta a essa pergunta pois além de possivelmente me perder em análises sócio-antropologicas e económico-históricas, faria perder também o leitor o seu tempo.

    No entanto gostaria de não deixar de passar uma ideia que me parece caracterizar (ou pelo menos consubstanciar uma mudança) as guerras no século XX e neste início de século XXI (desde 2001... private joke :P): as divergências religiosas parecem cada vez mais suceder nas causas de guerra às questões geo-estratégicas. O que não deixa de ser estranho... é que nunca a civilização ocidental foi tão pouco fanática como agora. lanço então outra pergunta: Porque se tornaram as civilizações orientais mais fanáticas?

     
  • At quinta-feira, 3 de agosto de 2006 às 02:05:00 WEST, Blogger Flecha Ruiz said…

    Ficarei grato se me indicares os erros.

    A questão da religião ser causa de guerras é um ponto que tenho defendido desde há algum tempo. Não vou divagar nem defender este opinião porque já o fiz no "Madrugadas" e o qe faria aqui não seria mais que uma repetição.

    Na minha opinião as civilizações tornaram-se fanáticas porque a sua existência é pouco individulizada e bastante efémera. Quero com isto dizer que há uma uniformazização da sociedade onde somos educados pelos mesmos padrões, é-nos leccionado a repetir os mesmos gestos e a prosseguir os mesmo interesses. Não seguimos todos o mesmo rumo nem utilizamos todos o mesmo objecto mas o fim a que nos propomos é na sua base o mesmo.

    Sendo assim cada povo, grupo de povos ou civilização está estruturada e inter-repetitiva de tal maneira que quando há a divergência essa diferença não consegue ser processada. É como que existindo um padrão a ser obedecido, padrão esse que aceita muito poucas falhas.

    Dentro dessa educação está a religião, está o culto de uma entidade superior que o Homem arranjou para justificar os seus medos e erros! Alguém a quem culpar, alguém com quem falar!

    Lembram-se das discussões no recreio da escola? "O meu pai disse que era assim" era a frase que nos dava a razão, mas quando algum outro miudo contrariava o nosso pai aí estava "o caldo entornado"! Deus e a religião são o nosso pai e essa fé inabalável na sapiência do nosso pai transfere-se em moldes de certa forma semelhantes para o fanatismo.

     
  • At quinta-feira, 3 de agosto de 2006 às 13:57:00 WEST, Blogger M. said…

    No post anterior, enganei-me e escrevi "muitas poucas falhas". Quis, decerto, escrever "muito poucas falhas".

     
  • At quinta-feira, 3 de agosto de 2006 às 14:01:00 WEST, Blogger M. said…

    Se alguém tiver oportunidade de ler alguns textos de Karl Marx, ficaria um pouco mais esclarecido relativamente a alguns aspectos que esta questão aborda. Segundo este, devido à destruição progressiva da tradição, tem acontecido uma gradual individualização da sociedade actual. A sociologia contemporânea aborda exaustivamente este assunto. Recomendo a quem procure saber mais sobre o assunto que pesquise e leia muito. É deveras interessante.

     

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